quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Nada como um dia após o outro.

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Ela acordou, olhou pela janela e pensou em não sair dali pelo resto do dia. Levantou e espreguiçou-se, ao lavar o rosto e escovar os dentes, ficou feliz pelo belo dia que fazia no Canadá, pensou que hoje seria um dia longo, afinal em poucas horas estaria no Brasil.
Ligou avisando a Lia que deixaria as chaves por debaixo do tapete, pensou se poderia fazer aquilo no Brasil, concluiu que não.
  Luana acordou com a aeromoça oferecendo o almoço, ela pensou se não tinha nada pior para se comer - arroz frio, feijão frio e nuggets de frango.
- Isso é que dar viajar as preças. - Luana disse para si mesma, o senhor que estava ao seu lado concordou com ela, mas comeu assim mesmo a comida. Ela preferiu comer apenas os nuggtes de frango e alguns copos de Coca-cola. Na verdade, vários copos, Luana logo teve de enfrentar o banheiro do avião. Enquanto saia do banheiro decidiu que escreveria um pouco.
'' Quem diria, eu Luana, saindo da minha casa para buscar colo de mãe. Tudo bem, na verdade isso não é nada incomum, eu sou tão frágil mesmo, odeio assumir isso, mas sou assim, na verdade de uns tempos pra cá estou mais que o normal. Quando chegar em casa tenho certeza que minha mãe ficará muito feliz, há bastante tempo não vejo os meus familiares, quero muito abraçá-los, estou com Saudade e não ''need their'', só a língua de um povo tão caloroso, tão cheio de amor poderia ter uma palavra tão linda, que só se sente e não se define. Estou com tanta saudade do Brasil, do Rio de Janeiro, de Copacabana, de jogar futebol na rua, e de ir para as festas quando era adolescente, dos meus paqueras, da língua portuguesa em si. Fico pensando se ter ido para Calgary realmente foi uma boa ideia, afinal, desde que cheguei lá as coisas ficaram tão fora do comum, nunca se estabilizam.''
  Luana dormiu até a chegada ao Brasil, houve apenas uma conexão em Salvador-BA, onde teve de ir ao banheiro para vomitar. Apenas trocou de avião e foi até o aeroporto Santos Dumont-RJ. Como ninguém sabia de sua chegada, ficou tranqüila ao chegar, não houve abraços e nem choros, apenas o silêncio. Ao sair do aeroporto sentiu o ar abafado do país tropical, rapidamente tirou suas roupas de inverno e ficou apenas com a calça e uma blusa regata básica. Era umas oito horas da noite, Luana decidiu ficar um pouco na praia antes de ir para casa, pegou um taxi até a praia de Copacabana, assim que saísse da praia iria para sua casa que ficava logo ali. Sentou-se na beira mar e resolveu tirar algumas fotos, logo após ficou ali sentindo a brisa refrescante em seu rosto, ligou o Ipod e ficou ouvindo música popular Brasileira, se agradou do momento, mas sentia falta de alguém.

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