sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Desabafo de uma noite perdida.

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 Desde que comecei a escrever, formei a opinião de que escrever de si mesmo na terceira pessoa, é ridículo. Eu acho que parece um índio ou algum outro ser selvagem falando. Mas alem disso, falar de si mesmo é uma atitude meio leonina, me sinto o bruxo
Gilderoy Lockhart em pessoa. Porque falar de si? Acho que no fundo todo mundo quer mostrar suas ideias, opiniões, teses, argumentos, sonhos, todo mundo quer uma chance de provar ser diferente, o que não param pra pensar é que ser diferente não é tão fácil quanto parece. Se você quer ser diferente de todos, bom... você tem que virar um E.T, mas mesmo assim, alguém vai ser igual a você.

  As palavras pra mim, são como vampiros, fogem da luz do dia. Elas sempre vem na calada da noite, onde nada mais fala, somente elas. Se aproximam timidamente, vão chegando, me envolvendo, e quando menos espero, PÃ! Todas elas se juntam e transparecem a confusão que vem através de minha agitada mente. Me declino sobre a tela do computador, a cada dia gastando mais e mais a minha visão, que está cada vez pior, as vezes a barrinha fica piscando e piscando até que mais vocábulos venham até a minha mente, depois os meus dedos, e finalmente a tela.

 Meus momentos, tanto quanto filosóficos, para mim as palavras se encaixam. Para você, talvez eu esteja doida. Mas descrever esse momento que tantos escritores praticam quase todos os dias, é importante. Costumo dizer que o meu único jeito de passar alguma mensagem boa ao mundo é escrevendo.

 Meu professor de Física costuma caçoar do meu único talento, escrever. Ele era engraçado, agora está ficando incrivelmente chato, arrogante. Um dia farei uma analise sobre o comportamento das pessoas, tenho certeza de que irei me surpreender. Há alguns dias falei com uma amiga sobre o que é escrever, não é somente escrever o que me vem na mente, é saber o que vai mudar na sua vida, na vida do leitor. Como diz Clarice Lispector "A palavra é o meu domínio sobre o mundo", está aí uma escritora que escrevia tanto sobre o dom de que as palavras tem em fascinar.

 Amanhã hoje tenho aula logo pela manhã, e mais uma noite foi trocada por esmeras palavras. Mais olheiras se acumularam por de baixo de meus olhos, meu cabelo ainda está despenteado, minha sobrancelha ainda não foi feita, minhas unhas continuam desreguladas por conta da falta de agilidade com as palhetas, minhas palavras ainda estão em mente.

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