domingo, 5 de setembro de 2010

Nada como um dia após o outro.

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Ela respirou fundo mais uma vez, virou-se e viu a cidade movimentada, linda. Caminhou até o calçadão e parou um outro taxi que a levou até a casa de sua mãe, tirou mais algumas fotos no caminho, fez amizade com o taxista, lembrou-se de como as pessoas do Rio são sociaveis ou como ela dizia aqui no Brasil 'gente boa'. Ao chegar em casa deu uma gorjeta maior para o motorista. Parou em frente a sua casa, a casa onde crescera, sorriu com a tonelada de lembranças que veio a sua mente naquele momento, mas logo depois chorou, não sabia porque, apenas chorou. Finalmente depois de um longo instante, Luana respirou fundo e gritou '' Ô de casa!'', quem abriu fora sua mãe, depois daquilo ela não ouviu mais nada a não ser a gritaria de seus familiares, cachorros, vizinhos, toda a rua. Não importava a gritaria, mas dessa vez Luana estava rodeada de pessoas que a amam, que só queriam o seu bem, que não a olhavam como uma peça para completar um jogo. Naquele momento ela percebeu o quanto amava o Brasil, e o quanto estava errada de ir pra tão longe e se enfiar em uma confusão social que mais parece uma novela, ela, porém afastou logo esses pensamentos e colocou como meta para aquele período no Brasil que iria curtir cada momento, esquecendo-se do Canadá, de sua vida lá.
- E então ,minha filha como foi de viajem? Porque a senhorita não nos avisou? A casa está uma zona, você sabe muito bem a mãe que tem, sou muito hospitaleira, não gosto dessas coisas. Mas amei ver você minha thuthuquinha! - disse dona Taís, sua mãe. Luana sorriu com a forma melódica na qual sua mãe a tratou.
- Senti tanta saudade de vocês, mas eu estava passando por tanta coisa lá, que mal percebi a falta que estava sentindo da minha família. - disse ela, enquanto abraçava os irmãos - Lucas e Helena. Seu pai assistia futebol, na sala de televisão logo ao lado da cozinha, e sua mãe requentava o jantar.
- Então mana, quando vamos sair? De uns tempos pra cá tenho frequentado varias boates, barzinhos... Lugares nos quais o Lucas ainda não pode passar nem perto. - Lucas fez uma cara feia para a irmã mais velha. As duas riram.
- E a namorada Lucas, onde está? - ele mecheu na fruteira, como quem não se importa, mas não pode disfarçar o sorriso abobado no rosto.
- Eu não sei.
- Mais é claro que sabe, até agora pouco estava pendurado no telefone com a geleguinha. - disse Helena, emplicando com o irmão, mas seus país logo a fizeram calar. Depois de comer, Luana estava muito cansada da viajem, resolveu ir dormir, antes de ir foi até o quarto da mãe no andar de cima para conversar um pouco, seus irmãos já estavam dormindo pois tinha trabalho logo cedo. Luana abriu a porta do quarto da mãe devargazinho, com medo de que ela estivesse dormindo, mas não, ela estava lendo.
- Oi mãezinha.
- Oi minha filha, entre. - Luana entrou avontade vendo que o pai não estava no quarto.
- Cade o papai?
- Assistindo Tv, esqueceu? Ele ama assistir o programa do Jô.
- Ah sim, é verdade. - disse sentando-se ao pé da cama de sua mãe. As duas permaneceram em silencio por um instante.
- Pode ir falando Luana, eu te conheço, sei que está apaixonada. Quem é o dignissimo? E qual é a complicação? - depois de explicar toda a história, Luana já estava aos prantos no colo de sua mãe.
- Minha filha, se você o ama você tem a obrigação de ir atraz dele. Você me disse que nunca ficou tão feliz, tão segura enquanto estava com ele. Eu não posso te dizer se ele é o homem certo pra você, mas no momento é o que irá te fazer feliz
- Você tem razão mãe. Eu vou correr atraz do que eu quero, chega de chorar..


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